Ei Boli, muito obrigada por dividir esse processo! Quero voltar em breve pro texto para explorar com mais calma, olhar melhor também o Notion que você criou! Achei uma leitura um pouco perigosa: deu vontade de me enfiar em um processo similar de estudo. :)
Oi! Adorei seu texto, que saga! Uma pergunta: você já experimentou adicionar toda esta bibliografia selecionada no processo dentro do NotebookLM do Google e utilizar toda a ferramenta de pesquisa, análise e organização dentro dessas fontes? (Mapa mental, linha do tempo, etc). E, além disso, ver o que ele poderia sugerir de novas fontes relativas à pesquisa? (Não para modificar o seu corpus, apenas à título de curiosidade).
Oi Mari! Legal sua sugestão, um dos apêndices da minha tese é uma lista de todas as outras referências que se encaixam no escopo (fontes secundárias sobre a história da internet) que eu não incluí na análise. Para desdobramentos futuros (talvez um pós-doc), com certeza o caminho já está traçado! Quanto às ferramentas de GenAI e outras formas de automação, acho válido considerar para próximas pesquisas sim, visto que agora eu tenho o método e a estratégia de análise bem estruturada. Durante o doutorado eu não usei esse tipo de automação porque esse processo de descoberta dos pontos de análise foi justamente algo que foi se revelando enquanto eu lia e analisava as fontes. Ou seja, foi importante dedicar esse tempo de estudo justamente para ir obtendo os insights!
Eu mesma acabei de terminar uma monografia de pós (associando o pensamento de Jung ao filósofo Heráclito) e teria ganhado muito tempo na pesquisa caso as ferramentas estivessem no ponto em que estão hoje há somente um ano. Eu passei meses buscando artigos e teses. Mas se essa ferramenta aqui https://platform.futurehouse.org/login já estivesse no ar, por exemplo, o que me custou 6 meses, teria sido feito em uma tarde. Não falo falo da leitura, neste caso, mas da descoberta mesmo, para depois “cascavilhar” as fontes e só então me debruçar na leitura.
E o processo de descobrir se um trabalho tinha ou não elementos que me seriam úteis, com o NotebookLM, também teria sido diferente.
Enfim, a leitura centáurica está mudando tudo na pesquisa acadêmica 😅.
Que texto bom! Acompanho sua jornada há tempos mas sou daqueles caba corujando atrás do toco. Navego pela internet e pela criação digital desde 1997, e foi impossível não me identificar com vários dos pontos que você trouxe. Vi a tecnologia moldar o mundo para o bem e para o mal. Gente que era analógica foi empurrada para o digital, gente que já nasceu conectada se perdeu na superfície, e muita gente ainda não entende direito como tudo isso funciona. Acho que esse é o ponto chave dessa dinamica toda: o uso que fazemos da internet e como isso também é construção social, cultural e histórica. E aparemente o jeito como você costurou suas experiências pessoais com referências teóricas e um método consistente ficou bem claro. E uma dica de queijo para levar na tabua de frios: Wensleydale com pedacinhos de maçâ.
Obrigado, meu caro! É uma dinâmica difícil de acompanhar, mas acho que focar na ideia de navegação me ajudou bastante. Do pular de link após link na era do geocities ao feed infinito do instagram de hoje, a ação é a mesma, mas seus suportes e técnicas são diferentes e minha tese tenta mostrar que esse diferente não é necessariamente "melhor" ou "mais avançado". Que bom que você curtiu! É difícil achar Wensleydale, vou ter que ir lá na seção de importados do Festval? Hehehe
Algum comentário engraçadinho como teria no Twitter sobre como você usou erroneamente o 'literalmente' na foto do "Literalmente eu".
Texto a ser revisitado para quem está querendo entrar no processo da mesma forma, sem muito saber os porquês
Ei Boli, muito obrigada por dividir esse processo! Quero voltar em breve pro texto para explorar com mais calma, olhar melhor também o Notion que você criou! Achei uma leitura um pouco perigosa: deu vontade de me enfiar em um processo similar de estudo. :)
Daqui a pouco vão achar que é esquema de pirâmide! Hahaha obrigado, Rafa!
Oi! Adorei seu texto, que saga! Uma pergunta: você já experimentou adicionar toda esta bibliografia selecionada no processo dentro do NotebookLM do Google e utilizar toda a ferramenta de pesquisa, análise e organização dentro dessas fontes? (Mapa mental, linha do tempo, etc). E, além disso, ver o que ele poderia sugerir de novas fontes relativas à pesquisa? (Não para modificar o seu corpus, apenas à título de curiosidade).
Eu acho que a experiência seria interessante! 🙏🏻
Oi Mari! Legal sua sugestão, um dos apêndices da minha tese é uma lista de todas as outras referências que se encaixam no escopo (fontes secundárias sobre a história da internet) que eu não incluí na análise. Para desdobramentos futuros (talvez um pós-doc), com certeza o caminho já está traçado! Quanto às ferramentas de GenAI e outras formas de automação, acho válido considerar para próximas pesquisas sim, visto que agora eu tenho o método e a estratégia de análise bem estruturada. Durante o doutorado eu não usei esse tipo de automação porque esse processo de descoberta dos pontos de análise foi justamente algo que foi se revelando enquanto eu lia e analisava as fontes. Ou seja, foi importante dedicar esse tempo de estudo justamente para ir obtendo os insights!
Entendi! É que ontem, junto com seu texto, eu também li essa matéria e achei interessante a sincronicidade: https://www.nytimes.com/2025/06/16/magazine/ai-history-historians-scholarship.html
Eu mesma acabei de terminar uma monografia de pós (associando o pensamento de Jung ao filósofo Heráclito) e teria ganhado muito tempo na pesquisa caso as ferramentas estivessem no ponto em que estão hoje há somente um ano. Eu passei meses buscando artigos e teses. Mas se essa ferramenta aqui https://platform.futurehouse.org/login já estivesse no ar, por exemplo, o que me custou 6 meses, teria sido feito em uma tarde. Não falo falo da leitura, neste caso, mas da descoberta mesmo, para depois “cascavilhar” as fontes e só então me debruçar na leitura.
E o processo de descobrir se um trabalho tinha ou não elementos que me seriam úteis, com o NotebookLM, também teria sido diferente.
Enfim, a leitura centáurica está mudando tudo na pesquisa acadêmica 😅.
Muito interessantes as ferramentas sim! Com certeza o processo de levantamento e catalogação de referências tem muito a ganhar com tudo isso sim.
lendo este texto enquanto me preparo pro processo seletivo do doc....................................
Manda brasa, Gabi!!
Que texto bom! Acompanho sua jornada há tempos mas sou daqueles caba corujando atrás do toco. Navego pela internet e pela criação digital desde 1997, e foi impossível não me identificar com vários dos pontos que você trouxe. Vi a tecnologia moldar o mundo para o bem e para o mal. Gente que era analógica foi empurrada para o digital, gente que já nasceu conectada se perdeu na superfície, e muita gente ainda não entende direito como tudo isso funciona. Acho que esse é o ponto chave dessa dinamica toda: o uso que fazemos da internet e como isso também é construção social, cultural e histórica. E aparemente o jeito como você costurou suas experiências pessoais com referências teóricas e um método consistente ficou bem claro. E uma dica de queijo para levar na tabua de frios: Wensleydale com pedacinhos de maçâ.
Obrigado, meu caro! É uma dinâmica difícil de acompanhar, mas acho que focar na ideia de navegação me ajudou bastante. Do pular de link após link na era do geocities ao feed infinito do instagram de hoje, a ação é a mesma, mas seus suportes e técnicas são diferentes e minha tese tenta mostrar que esse diferente não é necessariamente "melhor" ou "mais avançado". Que bom que você curtiu! É difícil achar Wensleydale, vou ter que ir lá na seção de importados do Festval? Hehehe